Nunca a vida foi, e será, tão encantadora quanto nos dias em que eramos crianças. A cada dia um novo mistério à desvendar; uma nova brincadeira à brincar; um novo amigo a fazer; um novo machucado a conquistar; um novo presente a desembrulhar.
Tudo era muito grande ou alto demais: o sofá, a cadeira, o chinelo dos país, o armário de doces.
Era necessário pedir permissão; chorar quando não; rolar pelo chão; soltar um berrão...só para ficar mais quinze minutos em frente a televisão.
Verdura era horrível, pior que beijo molhado de tia. Se não era escola, cansaço não existia. Dançar era permitido e fofo, até em velório. Cantar era, muito mais do que verduras, necessário.
Uma rotina que dispensava virgulas. E não havia ataque que rompesse o campo de força de um abraço de mãe, a não ser, bronca de pai.
Sonhadores? Não: ambiciosos! Tudo era possível. A imaginação era tão enorme de grande que nos refrescávamos em sua sombra em dia de calor.
Inocentes egoístas irresponsáveis. Era nosso direito.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac. O tempo, aos poucos, traz consigo desejos que não mais podem ser conquistados com birra e choradeira. É necessário oferecer algo em troca. Oferecemos, então, a unica coisa que possuíamos: nossa infância. Sem garantias - a inocência nos cegará para esse tipo de previdência. A vida deixa de ser composta apenas pelo presente, o futuro se apresenta promissor. O passado, ainda que curto, começa a acumular em nossas bagagens.
De repente as alternativas deixam de ser tão claras quanto sabores de sorvete. Toda e qualquer decisão, daqui pra frente, virá acompanhada de suas fiéis escudeiras: as consequências.
A inércia causada pela dedicação da família aos poucos perde força, e a ação gravitacional das responsabilidades começa a fazer pressão sobre nossos caráteres. Passados alguns erros e enganos, o futuro mostra-se curto para os sonhos que ainda carregamos dentro da alma.
Se ao menos pudéssemos encontrar um lugar onde o tempo não mais cobraria seus juros; onde congelaríamos o melhor de nós para usar sempre que bem entendêssemos; onde a inocência nos completaria novamente. Se tal lugar existe, o que estaríamos dispostos a oferecer por ele?
Acredito que essa terra encantada sempre existiu em algum momento de nossas vidas, apenas nos esquecemos do caminho que nos leva até ela. Muitas vezes, um simples pedido de desculpas, um abraço sincero ou um sorriso honesto pode abrir as cortinas para um mundo outrora escondido entre rotina e indiferenças, no qual os julgamentos não teriam forças para nos seguir e nossas frustrações adormeceriam embaladas pelos conselhos daqueles que nos conhecem com intimidade e realmente se importam conosco, incondicionalmente.
E, mesmo que para alguns este lugar não exista, nunca é tarde para começar a construí-lo. Se não para você, ao menos àqueles que virão, ou estão.
Eu acredito em fadas!
Tudo era muito grande ou alto demais: o sofá, a cadeira, o chinelo dos país, o armário de doces.
Era necessário pedir permissão; chorar quando não; rolar pelo chão; soltar um berrão...só para ficar mais quinze minutos em frente a televisão.
Verdura era horrível, pior que beijo molhado de tia. Se não era escola, cansaço não existia. Dançar era permitido e fofo, até em velório. Cantar era, muito mais do que verduras, necessário.
Uma rotina que dispensava virgulas. E não havia ataque que rompesse o campo de força de um abraço de mãe, a não ser, bronca de pai.
Sonhadores? Não: ambiciosos! Tudo era possível. A imaginação era tão enorme de grande que nos refrescávamos em sua sombra em dia de calor.
Inocentes egoístas irresponsáveis. Era nosso direito.
Tic-tac, tic-tac, tic-tac. O tempo, aos poucos, traz consigo desejos que não mais podem ser conquistados com birra e choradeira. É necessário oferecer algo em troca. Oferecemos, então, a unica coisa que possuíamos: nossa infância. Sem garantias - a inocência nos cegará para esse tipo de previdência. A vida deixa de ser composta apenas pelo presente, o futuro se apresenta promissor. O passado, ainda que curto, começa a acumular em nossas bagagens.
De repente as alternativas deixam de ser tão claras quanto sabores de sorvete. Toda e qualquer decisão, daqui pra frente, virá acompanhada de suas fiéis escudeiras: as consequências.
A inércia causada pela dedicação da família aos poucos perde força, e a ação gravitacional das responsabilidades começa a fazer pressão sobre nossos caráteres. Passados alguns erros e enganos, o futuro mostra-se curto para os sonhos que ainda carregamos dentro da alma.
Se ao menos pudéssemos encontrar um lugar onde o tempo não mais cobraria seus juros; onde congelaríamos o melhor de nós para usar sempre que bem entendêssemos; onde a inocência nos completaria novamente. Se tal lugar existe, o que estaríamos dispostos a oferecer por ele?
Acredito que essa terra encantada sempre existiu em algum momento de nossas vidas, apenas nos esquecemos do caminho que nos leva até ela. Muitas vezes, um simples pedido de desculpas, um abraço sincero ou um sorriso honesto pode abrir as cortinas para um mundo outrora escondido entre rotina e indiferenças, no qual os julgamentos não teriam forças para nos seguir e nossas frustrações adormeceriam embaladas pelos conselhos daqueles que nos conhecem com intimidade e realmente se importam conosco, incondicionalmente.
E, mesmo que para alguns este lugar não exista, nunca é tarde para começar a construí-lo. Se não para você, ao menos àqueles que virão, ou estão.
Eu acredito em fadas!